Autocontrole: a saúde emocional do professor durante a quarentena

Assim como seus alunos, diversos educadores ao redor do mundo se isolaram das salas de aula por conta do distanciamento social na pandemia do coronavírus. 

Por isso, devemos lembrar de uma coisa: como está a saúde emocional do professor nessa quarentena?

Incertezas que pairam sobre o retorno presencial, mudanças no planejamento das aulas e atividades, plataforma EAD, medo de contrair o vírus, tempo para lidar com os afazeres de casa… todas essas dúvidas e medos cercam a mente dos educadores. 

Precisamos conversar sobre a importância da saúde mental dos profissionais durante essa fase. Quer saber mais sobre o assunto? Vamos em frente!

Novos desafios na arte de ensinar 

O conceito de ensinar mudou completamente nos últimos meses. As salas de aula se tornaram virtuais e os professores se veem no obstáculo de elaborar novas propostas que possam manter a construção do conhecimento de seus alunos.

Junto a isso, os educadores precisam lidar com o mosaico de personalidade dos estudantes. O cenário apresenta um desafio quando a rotina conhecida foi pausada e a educação passa a funcionar através da tecnologia. 

É nessas horas que a saúde emocional dos professores entra em cena, pois assim como qualquer um, esses profissionais acabam emocionalmente abalados na falta de amparo e autocontrole. 

Educador, atenção à sua saúde mental! 

Nesse momento, é possível sentir que está sobrecarregado, especialmente quando pensa que não consegue fazer as coisas do seu jeito, não tem capacidade para lidar com os desafios ou falta de apoio de pessoas que são importantes pra você.

Embora os desafios sejam vistos como algo positivo, a falta de autocontrole e autoconhecimento emocional pode acarretar sérios problemas psicológicos, como síndrome de burnout, depressão e entre outros.

Com isso, é função da escola, familiares e amigos manter a atenção ao comportamento dos educadores nessa fase de pandemia! Muitos desses profissionais moram sozinhos e se encontram sem suporte nos momentos de transtorno emocional. 

Antes mesmo da pandemia do novo coronavírus, a saúde emocional do professor é pauta crucial dentro do corpo docente. Não podemos fechar os olhos e isolar esses casos! Assim como os estudantes, os educadores também precisam de ajuda psicológica.

Os sinais que a saúde emocional do professor não está “ok”

E como todo transtorno emocional, existem os sinais que ficam nítidos dependendo da gravidade da situação. Você, educador, pode observar a recorrência desses sinais ou, até mesmo, em colegas da área. Confira abaixo como identificar:  

– Dor de cabeça

– Aumento dos batimentos cardíacos 

– Cansaço e falta de energia

– Tensão muscular

– Humor deprimido.

– Desânimo.

– Irritação excessiva

– Agitação 

– Aumento no consumo de substâncias químicas (álcool, cigarro, remédios, etc)

– Evitar compartilhar sentimentos

Não feche os olhos para os seus problemas emocionais. Fique atento quando começar a sentir constantemente esses sinais e procure ajuda de pessoas próximas ou da escola. Seu bem-estar é fundamental não só para o aprendizado dos seus alunos, mas para encarar a pandemia sem impactos negativos para o futuro. 

Os sinais que a saúde emocional do professor não está "ok"

Fortaleça o seu autocontrole e autoconhecimento! 

Compreender e reforçar o nosso autocontrole não é uma tarefa tão simples. O ato de equilibrar mente, corpo e emoções é uma das estratégias que evita ou ao menos minimiza as chances dos educadores vivenciarem situações de esgotamento emocional. 

Por isso, é recomendado que procurem ajuda psicológica quando notar a gravidade do problema. Além disso, praticar as competências emocionais e o desenvolvimento de um olhar atento às suas próximas emoções, assim como o autocuidado, são ferramentas que possibilitam o seu autoconhecimento.

Crie uma rotina para garantir a sensação de controle. Estabeleça horários para dormir, acordar, se alimentar e reserve um tempo para cuidar de você, como praticar atividades físicas ou maratonar filmes e séries. 

Sua saúde emocional em primeiro lugar! 

Professor, sabemos que as emoções estão à flor da pele, mas não deixe sua saúde mental de escanteio. Busque ou reforce o conhecimento das suas habilidades emocionais, procure ajuda de uma profissional se precisar e pratique o autocontrole das suas emoções.

Visto que as habilidades socioemocionais são cruciais para a educação, que tal se aprofundar mais no assunto? O curso Competências Socioemocionais para Professores, da Tonia Casarin, é uma ótima opção sobre o assunto! 

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