Medo de criança: como ajudar seu filho em cada idade – Tonia Casarin

Você sabe bem como medo de criança é algo comum. Mas já percebeu que cada fase tem um temor diferente? Portanto, você não pode lidar com o problema da mesma forma o tempo todo. Quando o seu filho se desenvolve, outras fobias costumam aparecer.

Vamos falar mais um pouquinho sobre o medo de criança? Nesse post, vamos entender os medos por faixa etária. Se você não leu o meu post anterior sobre medo na infância, clica aqui!

Medo de criança: como ajudar seu filho a superá-lo?

Veja como agir em cada fase da infância:

Aceite o medo de criança dos seus filhos, faz parte do crescimento.

Bebês até 1 ano

Nessa fase, o medo de criança é de  se separar das pessoas que fazem parte do seu ciclo de convivência, ou seja, pais e pessoas conhecidas. Na hora de dormir, o pequeno pode sentir medo, pois acha que vai acordar e não terá ninguém ao lado.

medo de ruídos ou barulhos fortes também existe, além do temor da consulta com o pediatra. Muitas crianças associam a esse médico, tão importante em nossas vidas, s vacinas. Além disso, nem sempre o profissional conseguiu estabelecer um vínculo de confiança com a criança — e ele ainda é um “estranho”.

O que nós podemos fazer para ajudar: evite expor as crianças a grandes estímulos que as façam sentir medo. Caso contrário, tente fazer da maneira mais suave possível. E, além disso, é importante ter sempre a presença dos pais ou de pessoas conhecidas quando os pequenos forem expostos a situações que podem desencadear essa emoção ou em caso de estar em ambientes novos.

De 1 a 3 anos

Nessa fase, o medo de criança do escuro e de dormir sozinho é bem comum. Além do pavor de pessoas fantasiadas máscaras ou fantasias), ainda prevalece a fobia de se separar dos pais e de ruídos ou barulhos fortes, como trovões e tempestades.

O que nós podemos fazer para ajudar: se ele se assusta com palhaços, por exemplo, aproxime-se e mostre que é apenas uma roupa diferente. Lembre-se de respeitar o medo da criança e ir se aproximando devagar. No momento de dormir, tente distraí-lo com algum brinquedo ou bichinho de pelúcia. Se ele tiver um “companheirinho” na hora de dormir, se sentirá mais seguro. Passe segurança para seu pequeno, caso perceba que ele não entendeu a mensagem, não force.  Ele tem o tempo dele de lidar com seus próprios medos.

De 3 a 5 anos

Nesse momento, a criança está mais fantasiosa, e então surge o medo de monstros. Use o livro Tenho monstros na Barriga e o Tenho Mais Monstros na Barriga para desmistificá-lo!  

É também comum o medo de se perder ou de ser levado por alguém e acabar ficando distante dos pais. Pode continuar a ter pavor de ambientes escuros, ruídos e barulhos muito altos. 

Um medo pode acabar gerando o outro. Por exemplo: eles podem ter medo do escuro, pois é nele em que os monstros vivem.

O que nós podemos fazer para ajudar: converse com seu filho, mostre o que é real e o que é fantasioso. Busque alternativas lúdicas, como histórias antes de dormir, ou físicas, como um abajur aceso para passar um pouco mais de segurança para ele. Quando o assunto for o medo de se perder, uma alternativa é ensinar o nome completo e onde mora para que tenha segurança de onde é sua casa.

De 5 a 7 anos

Os medos de criança nessa faixa etária tendem a fazer mais sentido com a realidade. Eles percebem que existe a possibilidade da própria morte e sabem que é algo irreversível. Portanto, o maior medo é que isso se concretize. Também surge o medo de errar , de ser abandonado ou de decepcionar algum ente querido. Como nessa fase já estão ingressados em algum “círculo social” ocorre o medo da rejeição, que é não ser aceito pelos amiguinhos.

O que nós podemos fazer para ajudar: o diálogo nessa fase é essencial. Dê apoio e acolha as ânsias dos seus pequenos. Se houver perguntas sobre a morte, tente falar de forma clara, porém delicada. Não crie histórias absurdas e fantasiosas. Mostre também que todos somos diferentes, e que não é por isso que ele será excluído. Também é importante mostrar que o erro faz parte da vida e que todos erram, inclusive os pais. Conte para ele alguns erros que você cometeu e o que aprendeu com eles.

Os medos de criança são totalmente normais independente da faixa etária.

Alguns medos são bem comuns por faixa etária. Faz parte do desenvolvimento da criança. Acompanhe o monstrinho do medo de criança e tente contornar as situações por meio do diálogo e conversa. Incentive-o a conversar e a ativar o Monstrinho da coragem nele! 

Entendeu como lidar com o  medo em cada etapa do desenvolvimento de criança? Se você gostou das dicas e tem interesse em se aprofundar em entender as emoções das crianças e como encontrar melhores estratégias de regulação emocional, não perca a chance de se inscrever no curso Emoções em Família

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