Eu pergunto, mas meu filho não responde. E agora?

Você se lembra daquela época em que seu filho não parava de falar e fazer perguntas? Provavelmente em alguns daqueles dias tudo que você queria era um pouco de silêncio. Ou um headfone. Porém, de uma hora para a outra, aquela criança falante se torna introvertida e passa a não querer mais conversar. O que fazer quando isso acontece?

Por que eles se isolam?

Primeiramente, você já pensou como pode ser complicado para um filho conversar sobre determinados assuntos com os pais? Como você espera que eles dividam seus sentimentos e emoções com você, se você não divide com eles? Mais do que isso, é preciso aceitar que talvez seu filho não divida todos os assuntos da vida dele com você. Ou alguns assuntos são mais sensíveis, como o seus sentimentos amorosos. Provavelmente ele sentiria tanta vergonha que dificilmente teria a atitude de comentar o que está sentindo. Ainda mais com seus pais. Ou então ele poderia estar passando por algum problema e não se sente confortável para pedir ajuda, por medo de ser julgado. Isso acontece com a gente. E com eles também.

Como quebrar o gelo?

São muitas as situações que podem levar os filhos a se isolarem e evitar uma conversa. Mas independentemente do motivo que esteja levando a isso, existem formas de quebrar o gelo e se aproximar deles. Uma boa maneira é dizendo “Você parece chateado / preocupado / silencioso”. Se estiver perto que tal  “Quer que eu tente adivinhar o que está te incomodando? Diga quente se eu estiver perto de adivinhar e frio se eu estiver longe”.

Outra opção é perguntar se ele quer escrever um bilhete sobre o que está acontecendo e te entregar mais tarde. É importante mostrar que se ele não estiver pronto para conversar, tudo bem, e que você estará sempre disponível em outro momento caso ele queira se abrir.

Uma forma lúdica de convidá-los a falar é perguntando “Se te entrevistassem num programa de TV, o que você mencionaria como as três coisas mais legais e mais chatas de estar no terceiro ano?”. Ou então: “Se você encontrasse um gênio e ele te concedesse três pedidos, quais seriam? E se ele pudesse apagar três coisas que tem te incomodado, quais você  escolheria?”.

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 É  muito  importante ouvir atentamente o que seu filho tem a dizer, sem julgá-lo ou tentar oferecer conselhos. Talvez ele reclame de algo na escola, de um professor ou dos colegas de classe, por exemplo. Nesse momento, valide suas emoções, mesmo que sejam negativas, como a raiva, a tristeza e o medo. Não desconsidere o que ele está tentando dizer ou tente distanciá-lo do que está sentindo. Ao contrário, faça  gestos que demonstrem que ele está sendo ouvido e diga algo neutro, como “Ah, então foi isso que te deixou desse jeito” ou “Nossa, passar por isso deve ser complicado mesmo”. Isso é parte do acolher suas emoções. O principal é que ele perceba que você o compreende e o respeita.

     Por fim, outra maneira de estimular seu filho a compartilhar mais sobre si e seu dia-a-dia é fazendo o mesmo com ele. Sempre que possível, tente estabelecer um diálogo no qual vocês possam se conhecer melhor. Busque contar um pouco do seu dia, das coisas boas e ruins que aconteceram, como você se sentiu, desafios que enfrentou e como conseguiu solucioná-los, etc. Isso ajudará a desenvolver sua inteligência emocional desde pequeno e a aprofundar o vínculo existente entre vocês.

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