Se for para sonhar, que seja um sonho grande.
Nasci em Petrópolis e sempre gostei muito de aprender. A escola era meu lugar favorito. Fiz teatro, joguei handball, basquete, futebol. Lutei caratê e capoeira quando era criança. Hoje, eu corro e jogo tênis. Fui atriz mirim, apresentando peças de teatro e fazendo comerciais. Mas não era exatamente aquilo que queria e, aos 8 anos, desisti de levar “à sério” minha carreira promissora de atriz! Mas tenho boas lembranças e uma conquista: comprei minha primeira bicicleta com o cachê de um comercial que fiz.
Aos 17 anos, prestei vestibular para Administração muito mais pela sobrevivência de fazer um curso de alta empregabilidade do que pela paixão. Ganhei bolsa de 100% na faculdade por mérito acadêmico. Vinda de uma família com poucos recursos, mas muito amor, isso era muito importante. Estava no Rio de Janeiro, pela primeira vez, sem meus pais. Talvez, tenham sido os melhores e piores anos da minha vida adulta. Comecei a trabalhar logo para poder me sustentar. Muito e trabalho e estudo ao longo de 10 anos. Estava provado que eu era capaz de me sustentar e poder ajudar a minha família.
Nada do que conquistei foi por acaso. A determinação te leva a lugares que você nem imagina.
Quando meu irmão mais novo formou-se no Ensino Médio, senti que era hora de eu escolher fazer o que eu amasse. Aquilo que me movesse e me desse energia. Decidi que queria estudar fora, mas tinha que ser em uma das melhores faculdades do mundo. Se for para sonhar, que seja um sonho grande.
Hoje, sou bolsista da Fundação Lemann por fazer mestrado em Educação em Columbia University, NY. Quero mudar a Educação do Brasil. E essa história está apenas começando.