No dia 8 de Julho de 2015, em Brasília, aconteceu o seminário internacional Base Nacional Comum: o que podemos aprender com evidências nacionais e internacionais, que buscava discutir a construção da Base Nacional Comum. Estava presente Dave Peck, CEO da Curriculum Foundation, organização que apoia a construção de currículos de países e escolas ao redor do mundo.
Sua fala proporcionou insights incríveis que divido aqui com vocês. Quer saber mais sobre a Base Nacional Comum? Então, continue a leitura:
O que aprendi sobre Base Nacional Comum
Veja, em tópicos, tudo o que assimilei da palestra de Dave Peck:
Não existe receita pronta
Primeiramente, é nítido o compromisso de Dave com a Base Nacional Comum, principalmente quando fala que não há uma receita de bolo, mas sim princípios que devem nortear o trabalho do currículo comum e não por um conjunto de conteúdos. Diante disso, a definição dos sete princípios no post anterior parece estar em linha com o que defende o CEO.
Mais ainda, alertou para a importância de o currículo nacional estar conectado com o contexto, de forma a atender às demandas dos próprios alunos. Dessa forma, abordar um currículo global e contextualizado a esse currículo local parece ser o que foi defendido por Dave. O aluno é o centro da definição do currículo e passam a exercer seu papel de cidadão em seus país e no mundo.
Curriculum Foundation
A Curriculum Foundation ainda defende que um currículo de alto nível deverá prover oportunidades para o desenvolvimento do ser humano em diversos aspectos: intelectual, físico, emocional, social, científico, estético e criativo. O olhar da fundação para o ser humano como um todo conquista o educador que está preocupado com a formação de cada sujeito. Deixar claro e explícito esse objetivo no desenho de um currículo comum aponta para o projeto de País cuja base é a BNC.
Competências para a vida
Outro pilar fundamental estabelecido pela Curriculum Foundation é que a BNC deverá garantir o desenvolvimento de competências para o aprendizado ao longo da vida e competências para a vida, de forma que o impacto da escola seja no longo prazo e não findo o ENEM ou outro teste padronizado que venha a ser instituído. Assim, o currículo comum garante mais uma vez que o indivíduo está no centro do esforço de aprendizado, valorizando a autonomia, seus interesses próprios e talentos.
Nesse ponto, fica clara a conexão com o que vem sendo discutido na educação em relação às competências do século XXI. A autonomia, liderança e criatividade passam a ser estimulados e, por consequência, desenvolvidos nas crianças.
Formalização d que já é feito
O que hoje é trabalhado na escola de forma não estruturada e não declarada será oficializado no documento da Base Nacional Comum. Esse aprendizado em diversas áreas do conhecimento e o desenvolvimento de competências para a vida conecta o indivíduo com o mundo real e com sua própria vida. O pensamento crítico torna-se conseqüência do processo de aprendizagem e refina a capacidade de tomada de decisões para o cidadão que queremos formar no mundo.